quarta-feira, 26 de março de 2014

    Jornalismo resiste ao desejo da Record de apagar a imagem de uma emissora que só vive de crime, polêmica e sangue

    A Record encomendou uma ampla pesquisa de avaliação de toda a programação e da imagem da empresa junto ao mercado publicitário e telespectadores. O levantamento apontou que o excesso de jornalismo policial reforça a imagem de uma TV que explora as mazelas da população e só consegue audiência com crime e sangue. É ai que surge o problema.

    Os especialistas da empresa contratada indicam como uma das soluções a redução desse tipo de cobertura jornalística, batendo de frente com a atual linha editorial da emissora, que dedica muito tempo a reportagens policiais. Os executivos ligados a este setor rebatem a pesquisa com números que deixam bem claro que os picos de audiência surgem justamente durante o crime ou sangue derramado. Há quem afirme que o ideal é sacrificar neste momento os bons números e perder parte do público para depois reconquistar o espaço com um jornalismo mais limpo e prestador de serviço, com elementos capazes de atrair bons anunciantes.

    Um dos problemas, segundo a pesquisa, é que essa exploração de crimes contamina toda a programação. O mercado publicitário tem um pouco de restrição aos produtos mais popularescos que podem denegrir a imagem de seus clientes e para não arriscar tiram verbas também de outras atrações.

    A disputa do jornalismo com os que querem implantar as mudanças ainda deve demorar, afinal, no atual momento da Record as maiores audiências não estão no entretenimento e na dramaturgia, mas no “Cidade Alerta”, “Balanço Geral” e “Jornal da Record”. Alguém vai contrariar?

    quarta-feira, 12 de março de 2014

    Tráfico Humano é o tema da Campanha da Fraternidade 2014

    A Igreja Católica inicio na última quarta-feira, dia 05, o tempo quaresmal e logo nos colocamos diante da temática da Campanha da Fraternidade, que vai nos fazer apelos de conversão pessoal, comunitária e social. “Fraternidade e Tráfico Humano” é o tema e a Carta de São Paulo aos Gálatas nos sugere o lema: “É para a liberdade que Cristo nos libertou” (Gl 5, 1). A Campanha da Fraternidade é um convite para nos convertermos a Deus e irmos ao encontro dos irmãos mais necessitados e sofredores, sugerindo em cada ano um assunto que afeta diretamente a dignidade humana ou a vida em sentido geral.

    Em 2014 ocupa-se com todos aqueles e aquelas que são enganados e usados para o tráfico humano, de trabalho, de órgãos e a prostituição. Normalmente o crime organizado está por detrás das diversas modalidades de tráfico humano. As pessoas, geralmente, são atraídas com falsas promessas de melhores condições de vida em outras cidades ou países e ali são cruelmente usadas e escravizadas, gerando fortunas para consciências inescrupulosas e vorazes. A maioria das pessoas traficadas vive em situação de pobreza e grande vulnerabilidade. Isso facilita o aliciamento com falsas promessas de vida melhor.

    Por isso, o cartaz da CF retrata essa situação degradante com a figura de mãos acorrentadas e estendidas, com diferentes idades, gênero e cor, em estado de impotência. A mão que sustenta a corrente da escravidão é a força coercitiva de pessoas que dominam e exploram esse tráfico humano: “Essa situação rompe com o projeto de vida na liberdade e na paz e viola a dignidade e os direitos do ser humano à imagem e semelhança de Deus” (CF 2014 – Explicação do cartaz – contracapa). Os cristãos não podem aceitar essa moderna forma de escravidão e desrespeito à dignidade humana. Por isso eles a tentam identificar, a denunciam e somam forças para evitá-la, rompendo as correntes, revigorando as pessoas dominadas por esse crime e apontando para a esperança de libertação: “Essa esperança se nutre da entrega total de Jesus Cristo na cruz para vencer as situações de morte e conceder a liberdade a todos: ‘É para a liberdade que Cristo nos libertou’” (Ibidem).

    Fonte: CNBB

    terça-feira, 11 de março de 2014

    “Jornal Nacional” com duas mulheres na bancada abre um novo ciclo no jornalismo da Globo

    A Globo ganhou pelo menos dois pontos com o “Jornal Nacional” ancorado pela primeira vez por duas mulheres. Neste sábado, Dia Internacional da Mulher, o tradicional telejornal do horário nobre foi conduzido pela titular Patrícia Poeta e por Sandra Annenberg, uma das apresentadoras mais admiradas quando se fala em jornal na TV. Segundo dados preliminares, o JN fechou com 25 pontos. No sábado retrasado, 24 de fevereiro, atingiu 23 de média, e na semana passada (em pleno carnaval) 24 pontos.

    No vídeo, o que poderia causar estranheza nos mais conservadores, funcionou muito bem. A dupla feminina garantiu leveza às notícias, sem perder a credibilidade. O “Jornal Nacional” deste sábado enterrou definitivamente a velha máxima de que um homem sempre é importante na bancada de um telejornal para garantir a seriedade. Patrícia Poeta e Sandra Annenberg abriram um novo ciclo na, até então, conservadora Globo. Os executivos mais tradicionalistas que já não atuam mais no dia-a-dia da emissora não devem ter gostado de “tamanha ousadia”.